Osvaldo Quartim Barbosa
3 de novembro de 2013
A velha rádio volta como instrumento de comunicação interna nas empresas
Osvaldo Quartim Barbosa
Paradoxalmente,
na era das comunicações eletrônicas, mídias digitais e das imagens de alta
definição, algumas empresas estão redescobrindo a utilidade das transmissões
radiofônicas como veículo para a comunicação corporativa com seus
colaboradores.
Apesar
do ar saudosista, a rádio nos dias hoje utiliza também as facilidades
tecnológicas do nosso tempo: a gestão da programação é automática, executada à
distância. Como resultado os custos de administração e de infraestrutura são
bastante reduzidos, além da flexibilidade e agilidade nas informações
transmitidas.
A
gestão de uma Rádio Corporativa se dá por meio de softwares que funcionam pela
web, através dos quais é possível programar entradas de spots de notícias,
gêneros musicais de acordo com o público ouvinte e tudo isso a qualquer hora do
dia ou da noite, basta um computador com acesso à Internet e um cabo simples de
áudio ligado a um amplificador e a caixas de som.
Organizações
que contam com empregados dispersos em várias localidades distantes da matriz,
como construtoras, por exemplo, foram as pioneiras na adoção da rádio
corporativa.
Um
destes casos é o da Niplan, empresa de engenharia especializada em construções
e montagens industriais, tem um total de 7 mil colaboradores espalhados pelo
país em diversas obras, algumas delas com mais de mil funcionários, em sua
grande maioria, operadores com pouca capacidade de leitura.
Em
um projeto piloto, a empresa lançou a Rádio Niplan em janeiro, na obra da Usina
P4P, da mineradora Samarco, em Ubú, interior do Espírito Santo, chegando a
1.600 colaboradores. Com um programa semanal de 15 minutos, que ia ao ar todas
às terças com reprises às quintas, os operadores tinham acesso a informações
que variavam de segurança às entregas do empreendimento, passando por regras de
boa convivência e dicas de saúde. Por meio de uma caixa de sugestões, os
ouvintes podem solicitar músicas e assuntos que gostariam de ouvir na rádio.
Depois
do lançamento, uma pesquisa de satisfação revelou que 84% dos funcionários
acharam a Rádio Niplan boa ou muito boa. O resultado impulsionou a adoção da
solução em outras obras da companhia. Hoje a Rádio Niplan chega em outro
empreendimento da empresa em Vitória/ES, mas há planos para instalá-la também
em obras no interior de Goiás e Bahia em até dois meses.
A
rádio é mais uma alternativa para as áreas de comunicação e de RH para
satisfazer em parte a necessidade de integrar, de modo sincronizado todos os
colaboradores e mantê-los informados sobre as políticas, valores e
características da organização que, para a maioria, está distante e,
aparentemente, alheia às realidades locais.
Osvaldo Quartim Barbosa é diretor
presidente da Qualcomm, empresa de comunicação com diversos projetos de rádios
corporativas - www.qcomm.com.br
Veja também http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/netshoes-usa-radio-corporativa-para-se-comunicar-com
equipe?goback=.gde_3011406_member_5795891609639862274#!
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