10 de dezembro de 2010

Os desengajadores

O termo engajamento é mais um dos estrangeirismos que acabaram sendo adotados na gestão de pessoas. É uma forma elegante (?) de nos referirmos a pessoas que são alinhadas aos valores e metas da organização. Enfim, vestir a camisa da empresa.

O Instituto Gallup, que possui metodologia própria para medir o nível de engajamento dos colaboradores de uma empresa, define o colaborador engajado como aquele que “possui uma elevada conexão emocional” com a organização, estando disposto a esforçar-se para realizar bem seu trabalho.

Faz sentido pensar que os colaboradores engajados são mais felizes e mais produtivos e isso pode ser um grande fator para conduzir a empresa a resultados superiores.

Entretanto, existem na maioria dos locais de trabalho pessoas que podem prejudicar o nível de engajamento e da ligação emocional das equipes com o empregador.

A seguir mostramos alguns exemplos que podem matar qualquer espírito de engajamento:

Falta de confiança: uma característica do engajamento das pessoas é que colegas de trabalho importam-se uns com os outros. Isso significa que todos podem expressar seus sentimentos sem medo de represálias pelos colegas. Deve ser possível falar o que pensa sem o risco de ser diminuído, ignorado ou censurado pelos outros. Quando não se puders mais falar livremente, a confiança é prejudicada e a sensação de engajamento pode perder-se.

Funcionários incompetentes: seja numa reunião, ou trabalhando em um projeto, espera-se que todos os participantes contribuam e tragam algo de valor. Nossa responsabilidade é estar preparados para cumprir nossas tarefas. Aqueles que escolhem estarem presentes, mas não contribuem com nada de valor são vistos como despreparados e não envolvidos com os resultados do trabalho. E eles ganham seus salários da mesma forma que os engajados.

Falta de foco: O chefe deve fornecer à equipe metas e objetivos claros. Se não houver metas bem especificadas, a equipe torna-se insegura do que é esperado dela e os resultados finais serão prejudicados. Ainda há os colaboradores que detonam reuniões, provocando discussões que não levam a lugar nenhum e acabam desmotivando todos os participantes.

Colaboradores negativos: Esses colegas ultrapassam em muito o papel de “advogado do diabo”. Ou melhor, são sanguessugas de energia. É fácil reconhecer o tipo: sempre reclamam daquilo que não funciona, mas nunca propõem soluções.

É bom saber que as empresas hoje estão caminhando na direção de providenciar ambientes que promovam o engajamento e o equilíbrio entre trabalho e vida particular. Porém, basta um par de desengajadores para por tudo a perder.

Tenha certeza que seu comportamento contribui para um ambiente de trabalho motivador.

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