24 de fevereiro de 2012
Para liderar, faça como os Beatles – Parte II
Tommaso Russo
Prosseguimos nesta postagem com a descrição das 8 características que fizeram dos Beatles um modelo para equipes efetivas. Veja a primeira parte em Para liderar, faça como os Beatles – Parte I
5. Visão compartilhada de mundo
Em 1960, os Beatles consideravam que a música americana estava uma porcaria. Buddy Holly estava morto. A carreira de Jerry Lee Lewis estava acabada graças a seu escandaloso casamento com uma prima menor de idade. Elvis estava no Exército e Little Richard tinha descoberto a religião. Ray Charles estava cantando gospel e Chuck Berry estava cumprindo pena na cadeia. As rádios estavam ocupadas por músicas pausterizadas sem alma e sem inspiração.
Os Beatles agiram conforme essa visão do mundo musical da época. Transformaram a música americana dos anos 50 em algo novo, a partir de uma formação de 3 guitarras e uma bateria, com harmonias e arranjos originais.
Uma visão compartilhada de mundo é a base para o estabelecimento de um planejamento estratégico efetivo. Se os membros da empresa não conseguem interpretar o mercado da mesma maneira, a falta de coesão interna praticamente garantirá o fracasso do negócio. Se um membro fundamental da equipe se recusa a alinhar-se à visão dos demais, é necessário que essa pessoa seja ajudada na busca de outro lugar para trabalhar, onde se sentirá em maior sincronia com os demais executivos.
6. Uma visão coincidente
Os Beatles compartilhavam uma única visão de seu futuro. Mesmo quando eles eram apenas adolescentes em Liverpool, eles não tinham objetivos, tinham crenças. Eles acreditavam que se tornariam “maiores que Elvis”. Nessa época, Paul perguntava “Para onde estamos indo, rapazes?”, ao que George, Ringo e Paul respondiam “ao mais alto Top do mais alto Pop”. Eram crenças profundas e que eram maiores que a simples ingenuidade adolescente.
Embora eles tivessem planos grandiosos, os Beatles foram muito pragmáticos e percorreram um caminho planejadamente ascendente. Como John dizia: “Primeiro nos tornamos a melhor banda de Liverpool. Depois, a melhor banda da norte da Inglaterra. Depois, conquistamos Londres, a Europa e, enfim, a América”.
Embora sem perceber, os Beatles seguiram o caminho da melhoria gradual e contínua. É criar uma visão audaciosa, conduzida por um planejamento detalhado das etapas necessárias para atingir o próximo objetivo. Não perder de vista suas metas de longo prazo, ao mesmo tempo em que se foca a execução dos próximos passos que permitam o alcance das etapas intermediárias.
7. Conflitos internos, coesão externa
Na maior parte de sua postura enquanto grupo, os Beatles apoiavam uns aos outros lealmente em público. Mas detrás das portas fechadas dos estúdios, brigavam ferozmente pela inclusão de músicas e dos elementos líricos que cada um preferia. Porém, eles não deixavam que essas discussões virassem manchetes dos tabloides da época.
As empresas devem promover a mesma cultura. Para o mundo externo, o time deve consistentemente mostrar coesão e harmonia. A demonstração pública de diferenças pessoais enfraquece o grupo, confunde os demais colaboradores e eventualmente cria um clima de “nós contra eles”, cujas facções gastam mais energia combatendo entre si que a utilizada para resolver os desafios colocados pelo mercado.
8. Um forte elenco de apoio
Os Beatles tiveram sorte em contar com o apoio de Brian Epstein, um empresário criativo e motivado, assim como com George Martin, um produtor inovador e talentoso. Sem o suporte desses indivíduos, o grupo nunca teria saído dos bares de Liverpool.
Sua equipe não pode florescer se estiver só. É necessário o apoio de consultores, membros do Conselho, da alta administração e dos diretores que ajudem o time a executar seus objetivos.
E o talento?
Talento certamente teve seu papel no sucesso dos Beatles, mas o que os distinguiu foram suas características enquanto grupo. Os Beatles mostraram todos os traços distintivos que são encontrados nos grupos de alta performance, em qualquer atividade.
Baseado no artigo “Be the Beatles, Not a Flock of Seagulls”, de John Greathouse, publicado em http://www.inc.com/john-greathouse/be-the-beatles-not-a-flock-of-seagulls.html
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