- Possibilita que os colaboradores resolvam problemas e executem o trabalho mais rapidamente
- Incrementa a coesão e coordenação das equipes
- Garante que as experiências e habilidades sejam transferidas dos trabalhadores mais antigos aos mais novos de maneira efetiva
- Reduz a oscilação da produtividade quando alguns colaboradores estão mais ocupados ou sobrecarregados
- Estabelece um ambiente no qual os fornecedores e clientes sentem que suas necessidades têm prioridade na organização.
31 de maio de 2013
Quem compartilha, ganha
Após os eventos do 11 de
setembro, um grupo de psicólogos de Harvard realizou estudos para determinar
quais os fatores que faziam com que algumas equipes da inteligência americana fossem
mais eficientes que outras.
Eles identificaram que o
fator crítico da efetividade dessas equipes não era a quantidade certa de
pessoas, nem o fato de trabalharem juntos por muito tempo. Não era também a
existência de uma visão clara, desafiadora e significativa. Nem era a
existência de funções e responsabilidades individuais bem definidas,
recompensas significativas, reconhecimento, recursos ou uma liderança forte.
Ao invés, um traço comum à
efetividade dos grupos que se destacavam era a intensidade de ajuda que os
indivíduos davam uns aos ouros. Nas equipes de alto desempenho, os membros
investiam tempo e energia consideráveis ensinando, consultando e orientando os
colegas. Isso possibilitava o questionamento constante de hipóteses individuais
de trabalho, a obtenção rápida de conhecimentos novos, a consideração de pontos
de vista diferentes e a descoberta de padrões lógicos em dados aparentemente
desconexos.
Ao final do estudo, os
cientistas podiam prever com boa precisão o desempenho de uma equipe com base
unicamente no nível interno de colaboração entre seus membros.
A importância de um
comportamento de compartilhamento entre os membros de uma equipe ultrapassa o
universo das organizações de segurança. Outros estudos indicam que a frequência
com que os colaboradores colaboram entre si pode predizer a faturamento em
indústrias farmacêuticas e em lojas de varejo, nos custos, lucros e qualidade
dos serviços ao cliente em bancos e muitos outros exemplos.
Ou seja, as organizações
ganham quando seus colaboradores espontaneamente partilham seu conhecimento e
habilidades com colegas, pois a troca entre indivíduos no grupo:
Assim, podemos definir uma
cultura organizacional que tem como base o compartilhamento: ajuda entre as
pessoas, troca de conhecimentos e fornecimento de orientações, em um ambiente
de relacionamento onde as pessoas dão algo a outras desinteressadamente, sem
esperar nada em troca.
O oposto é uma cultura de
acumulação, onde o padrão é conseguir o que puder de outras pessoas, com baixa
ou nenhuma retribuição. O compartilhamento só acontece quando as pessoas
consideram que os benefícios pessoais que obterão superam os custos de dar
alguma coisa.
A maioria das organizações
se situa no meio termo. O normal é que as pessoas só ajudam aquelas que as
ajudam (uma mão lava a outra), em uma situação de equilíbrio entre dar e
receber. A consequência desse tipo de cultura é que a colaboração se dá apenas dentro
de grupos fechados. Se alguém precisar de uma informação em outra divisão, só
conseguirá se existir um relacionamento pessoal com o detentor dessa informação.
Se não for possível, as pessoas recorrem apenas àquelas nas quais elas confiam,
independentemente do seu conhecimento ou da habilidade.
Uma cultura de acumulação é
incentivada pela liderança, que cria ambientes de competição para recursos,
recompensas e promoções. Em organizações desse tipo, pessoas que compartilham
descobrem rapidamente que sua produtividade despenca na medida em que os
acumuladores os exploram, monopolizando seu tempo e roubando suas ideias. Com o
tempo, estes se transformam em acumuladores ou só vão colaborar com aqueles que
os ajudam na mesma medida.
A boa notícia é que é
possível transformar uma cultura de acumulação em uma de compartilhamento.
Valorizar os colaboradores a buscar e fornecer ajuda entre os colegas,
reconhecer e recompensar os que compartilham e identificar e isolar os
acumuladores pode proporcionar às organizações benefícios significativos e
duradouros.
Este post é um resumo de um
artigo publicado em abril de 2013 pela McKinsey, “Givers take all: the hidden
dimension of corporate culture”, que pode ser baixado a partir do endereço http://www.mckinsey.com/insights/organization/givers_take_all_the_hidden_dimension_of_corporate_culture
No artigo completo são
abordados exemplos de transformação de culturas acumuladoras (“takers”) para
culturas de compartilhamento (“givers”).
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Sempre pratiquei o compartilhamento... é por isso que as empresas por onde passei, até hoje, sempre tiveram crescimento significativo enquanto lá estive. Isso é um fato! Compartilhar informações, saberes, condutas e até mesmo alguns pontos de vista pessoais sempre agregam crescimento ás pessoas e, consequentemente, ás corporações ás quais estas pessoas pertencem. Entender e ouvir o que os outros compartilham, absorver todo o conhecimento possível! Constante crescimento....
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