29 de novembro de 2014
Fazendo as pessoas pensarem com suas próprias cabeças
Tommaso
Russo
Quando os
colaboradores não possuem informações suficientes sobre projetos ou objetivos,
da empresa onde atuam, a indecisão pode instalar-se – as pessoas tomam as
decisões erradas ou não tomam decisão alguma. No mundo empresarial, a maioria
dos empregados não conhece o contexto onde o negócio está inserido, não
conseguindo enxergar ou distinguir oportunidades e ameaças. Tornam-se incapazes
ou evitam tomar decisões críticas sem que lhes seja dito o que fazer. Sua
inabilidade em agir de maneira decisiva paralisa o trabalho. Às vezes,
colaboradores erram nas decisões que devem ser tomadas imediatamente porque não
foram treinados para isso ou simplesmente não têm autonomia. Frequentemente, por
não conseguir enxergar claramente o que ocorre à sua volta, eles se imobilizam
– mesmo que o lugar onde estejam parados seja o pior possível.
Como as
empresas podem ajudar as pessoas a pensarem por si mesmas? Eis algumas
sugestões:
Estimular
as pessoas a sair de suas “casinhas”. Uma forma de tornar o processo de tomada de decisões
mais bem informado e estimular as competências multifuncionais, ampliando as
áreas de conhecimento. Dessa forma, os colaboradores tornam-se capazes de ver
os desafios sob diversos pontos de vista ao invés de uma visão individual. O
desconhecido paralisa.
Comprometer-se com o destino, não
com o caminho. Ou
seja, enfatizar o objetivo e não os meios para atingi-lo. Um determinado curso
de ação não pode antecipar todos os riscos e acidentes de percurso. As pessoas
devem poder tomar decisões mesmo em casos de mudanças inesperadas da situação
em relação ao que estava planejado.
Recompensar
indivíduos e pessoas excelentes em suas atividades. Por exemplo, as
avaliações de desempenho, oportunidades de treinamento e as recompensas
monetárias ou motivacionais podem estar relacionadas a determinados
comportamentos desejados, como excelência no atendimento a clientes, agilidade
e qualidade nas decisões, flexibilidade em atuar em ambientes e situações
mutantes, aquisição de habilidades em outras disciplinas e proatividade. Quanto
a este último aspecto, os valores da empresa devem enfatizar que não há lugar
para colaboradores passivos. Estes devem reconhecer que a autonomia é
conquistada não só na identificação de problemas e desafios, mas em
enfrentá-los.
Evidentemente,
há limites na prática de agir rapidamente sem a aprovação da chefia – esse
comportamento deve ser restrito em áreas onde os colaboradores receberam
treinamento suficiente para saber o que fazer. Mas a passividade é raramente a
melhor opção a se fazer em momentos críticos. Os riscos para o negócio são normalmente
altos; assim é crucial desenvolver as pessoas para tornarem-se mais ágeis e
criativos.
Adaptado do
artigo Help Employees Think On Their Feet,
publicado em http://blogs.hbr.org/2014/08/help-employees-think-on-their-feet/
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