7 de março de 2015
O que os olhos revelam: as mensagens que as pupilas enviam
Tommaso
Russo
Nossas pupilas, aqueles pequenos orifícios que regulam a entrada de luz
em nossos olhos não só nos possibilitam ver, mas também enviam sinais do que
está passando em nosso cérebro.
Seguem alguns resultados de estudos psicológicos que mostram como a alteração
no tamanho das pupilas revela aspectos do nosso pensamento.
Estou pensando muito
Olhe em meus olhos e me pergunte o nome do fumante de charutos que
fundou a psicanálise e você não notará nenhuma alteração no tamanho de minhas
pupilas, já que o nome de Sigmund Freud estará na ponta da língua.
Mas me peça para explicar a regra do impedimento no futebol a um leigo e
minhas pupilas irão expandir.
Isso se deve ao fato de quanto mais o cérebro trabalha, mais a pupilam
dilatam. Quanto mais difícil for uma tarefa que exija esforço mental, as
pupilas crescem mais e mais.
Meu cérebro está sobrecarregado
Continue observando meus olhos e você notará quando tentar entender a
regra do impedimento torna-se demais para minha cabeça. Quando o cérebro fica
sobrecarregado, as pupilas se contraem.
Meu cérebro pifou
O motivo pelo qual
paramédicos projetam uma luz forte nos olhos de uma vítima de acidente é para
verificar através de um teste simples se ocorreu algum dano cerebral. No
cérebro sadio, as pupilas devem ser iguais, redondas e devem reagir à luz.
Você tem minha atenção
O tamanho das pupilas revela se eu estou interessado naquilo que você
está me dizendo. Em um teste, participantes ouviram trechos de três livros: um
de teor erótico, outro envolvia extrema violência e o terceiro era neutro. No
início, as pupilas aumentaram para todos os três. Mas só permaneceram maiores
para as passagens eróticas ou violentas.
Quando sou exposto a coisas novas, minhas pupilas dilatam no início, mas
só se manterão assim se mantiverem meu interesse.
Não gostei
Da mesma forma que as pupilas dilatam-se se estou interessado, elas se
contraem se não gosto de algo. Por exemplo, a exposição de uma pessoa a fotos
de crianças feridas causa inicialmente uma dilatação das pupilas pelo choque e
logo a seguir elas se contraem como para evitar a exposição a imagens
desagradáveis.
Estou chapado
Algumas drogas como o álcool e os opiácios fazem as pupilas
contraírem-se. Outras, como anfetamina, cocaína, LSD e mescalina dilatam-nas.
Policiais usam essa técnica para saber se alguém está sóbrio: diâmetros menores
que 3 mm e maiores que 7 mm podem indicar influência de drogas.
Minha personalidade
Essa relação não está diretamente relacionada com o diâmetro das
pupilas, mas é muito legal.
Se você observar atentamente minha íris (a parte colorida dos olhos),
pode ter algumas dicas sobre minha personalidade.
Procure por “criptas” nos meus olhos (linhas radiais a partir da pupila,
identificadas pelo número 1 na figura abaixo); isso sugere uma pessoa carinhosa
e sociável. Se existirem sulcos concêntricos (identificadas pelo número 3),
então cuidado, sou uma pessoa impulsiva.
Não é adivinhação. Parece que um mesmo gene que afeta a parte do cérebro
responsável pelos nossos comportamentos sociais também induz esse tipo de
deficiência na íris.
Pequenas demais para ver?
A mesma resposta das pupilas podem significar
coisas diferentes, embora geralmente quando dilatam estão enviando mensagens
positivas e quando contraem, a mensagem é negativa. Mas o que significam
exatamente depende da situação.
Interessante, mas inútil, pois será possível notas essas pequenas
alterações nas pupilas dos outros? O interessante é que apesar ser difícil
observar essas mudanças de forma consciente, aparentemente conseguimos captar
essas diferenças inconscientemente.
Assim, as mudanças no tamanho das pupilas, juntamente com outros sinais
verbais e não verbais, nos fazem gostar de alguém ou fugir delas.
Os trabalhos acadêmicos que comprovaram os fatos acima são citados no
artigo What the eyes reveal: 10 messages
my pupils are sending to you, publicado em http://www.spring.org.uk/2011/12/what-the-eyes-reveal-10-messages-my-pupils-are-sending-you.php
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