31 de dezembro de 2014
A evolução do trabalho
Nas
organizações, os empregados são obrigados a adaptarem-se a seus chefes e os
chefes são obrigados a adaptarem-se às organizações. No futuro, serão os chefes
e as organizações que deverão adaptarem-se aos empregados.Isso significa que,
para sobreviver, as empresas deverão repensar toda a relação de trabalho.
No
Brasil, algumas dessas ideias podem ser consideradas utópicas, dada a excessiva
interferência do Estado na relação entre empregados e empregadores. Entretanto,
caso a iniciativa privada sobreviva e consiga inserir-se no mundo competitivo,
provavelmente será dessa maneira que as pessoas produtivas estarão dispostas a
trabalhar.
Pontos a conferir…
Trabalho realmente flexível
Trabalhar a qualquer hora, em qualquer
lugar e ser avaliado pelo que produz e não pelo tempo que se passa trabalhando.
Não haverá necessidade de trabalhar em um horário fixo ou limitadamente
flexível ou somente na empresa.
Utilizar qualquer
dispositivo
Estamos começando a ver o uso dos
equipamentos pessoais no trabalho, mas sujeitos à aprovação pela empresa. Em
vez disso, pessoas poderão utilizar os equipamentos que precisarem para
desenvolver seu trabalho.
O fim do plano de carreira e
o trabalho customizado
Quando iniciamos a carreira
em uma nova empresa, ocupamos os cargos mais baixos na cadeia hierárquica. É
necessário ir escalando a pirâmide, na expectativa de algum dia ocupar uma
posição que nos satisfaça. Em um novo de conceito de trabalho mais livre, com
base em redes colaborativas e novos métodos de gestão, a moldagem da carreira é
feita pela própria pessoa, segundo seus interesses. Será possível decidir os
projetos e com quem se quer trabalhar. Serão possíveis mudanças laterais na
carreira, e a decisão de quanto tempo a pessoas quer passar viajando, por
exemplo.
Compartilhar é se importar
Empregados garimpam informações e
costumam guardar segredo de suas fontes. Não há incentivos, metodologia ou
motivos pelos quais as pessoas compartilhem com os colegas aquilo que sabem, já
que conhecimento é poder. Colaboradores também não são incentivados a pensar de
forma criativa; basta comparecer ao trabalho e fazer o trabalho esperado deles.
No futuro, será o oposto. As plataformas colaborativas facilitarão o compartilhamento
de informações e as organizações oferecerão incentivos – desde incubadoras
internas e o desenvolvimento de competências ligadas a empreendedorismo – para
a criação de programas de inovação. A organização estará aberta para que
qualquer colaborador proponha uma ideia que pode transformar-se em um novo
serviço ou produto. O correio eletrônico passará a ser uma forma secundária de
troca de informações.
Qualquer
um pode tornar-se líder
Os colaboradores não serão considerados
mais como engrenagens que não possuem voz na empresa. As tecnologias
colaborativas podem transformar um colaborador em um líder reconhecido através
do compartilhamento de ideias, conceitos, etc. É transferir para dentro das
organizações as possibilidades que criam líderes nas redes sociais – Twitter,
Instagram ou Facebook – com centenas ou milhares de “seguidores”.
.Conhecimento
versus aprendizagem adaptativa
Atualmente, o conhecimento
transformou-se em commodity. Basta acessar através de seu smartphone todas as
respostas para as perguntas que aparecem no trabalho. Isto significa que para o
futuro colaborador que o conhecimento não será o mais importante, mas a
capacidade de aprender coisas novas e aplicá-las para novos cenários e
situações que apareçam. Ou seja, capacidade de aprender sempre e permanecer
adaptado às mudanças.
Todos são professores e
alunos
Na maioria das organizações atuais, se
alguém deseja aprender algo é necessário inscrever-se para frequentar um curso
que acontecerá dali a semanas ou meses. Hoje é possível qualquer pessoa gravar
em seu smartphone um “Como fazer” para qualquer coisa desde a configuração de
um modem até programação em Excel. Simplesmente por estar conectado a outros
colaboradores oferece a oportunidade para ensinar e aprender democraticamente
de modos que nunca antes foram possíveis. A criação de sites especializados em
educação permite que aprendamos o que quisermos e ensinarmos aquilo no qual
somos especializados.
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